Centenas de títulos são anunciados anualmente, para todas as plataformas e públicos, mas nem todos chegam às etapas finais de produção. Falta de verba, mudança de planos da empresa, saída de criador e falência de estúdios são alguns exemplos do que pode causar cancelamento prematuro de um game.
Mas quem acha que isso é algo que acontece apenas com jogos independentes ou que ninguém se importa está muito, muito enganado. Separamos aqui alguns títulos de grandes empresas que não chegaram a ver a luz do dia:
Full Throttle
Full Throttle teve duas sequências que não foram lançadas, ambas sem a supervisão de seu criador original, Tim Schaefer. A primeira, Payback, foi cancelada devido à “divergências” sobre o entendimento do estilo do jogo, mesmo que ele já estivesse com 40% das artes prontas, enquanto a segunda, intitulada Hell on Wheels, chegou até a ganhar um trailer antes de ser cancelada repentinamente após mais ou menos um ano de desenvolvimento.
Titan
O MMORPG que seria como um sucessor para World of Warcraft, da Blizzard, foi cancelado pela própria empresa após ter ficado em desenvolvimento por mais ou menos 7 anos. É tempo pra caramba, e se levarmos em consideração que a Blizz já cancelou jogos como StarCraft: Ghost, que já tinha até trailer e introdução cinemática, não é tão difícil assim imaginar o cancelamento de um jogo que nunca foi efetivamente anunciado.
Star Wars 1313
Com trailer de jogabilidade, produzido em Unreal 3 e levando o nome de uma das séries mais queridas de todos os tempos, Star Wars 1313 foi cancelado em 2013, quando a Disney comprou a Lucasfilm e, por consequência, os direitos da franquia e da Lucasarts, empresa de games de George Lucas. Ao fazer isso, porém, a Disney resolveu que era melhor fechar o estúdio e cancelou todos os títulos em produção - e foi aí que o Star Wars 1313 dançou.
Mega Man Universe
Tirando muito de sua inspiração do Mega Man 2, Mega Man Universe tinha uma proposta parecida com Super Mario Maker: os jogadores poderiam montar suas próprias fases e até mesmo customizar seus personagens - tudo isso em 2010, 5 anos antes do jogo do encanador ser lançado. Porém, com a saída de Keiji Inafune, co-criador de Mega Man, as coisas ficaram bem complicadas e a recepção do jogo não estava sendo satisfatória, o que culminou em seu cancelamento em 2011.
Fable Legends
Uma versão multijogador de uma série já consagrada, Fable Legends não chegou a ser lançado oficialmente, apesar de ter desfrutado de um período de beta aberto no começo de 2016. Seu cancelamento aconteceu de forma repentina, no meio do beta aberto, com o anúncio da Microsoft fechando o Lionhead Studios, que, além da série Fable, também era responsável pelo hit Black & White, de 2001.
Silent Hills
Um dos casos mais impactantes dos últimos tempos, Silent Hills seria um jogo de Kojima Productions publicado pela Konami. Uma demonstração jogável, P.T. (Playable Teaser), foi disponibilizada para o público, que mostrou-se empolgadíssimo com os rumos da famosa série de terror e a parceria entre Kojima e grandes nomes da indústria cinematográfica, como Norman Reedus e Guillermo Del Toro. O cancelamento do jogo em si foi uma novela, já que a notícia se espalhou depois que Del Toro soltou a informação em uma entrevista, antes do anúncio oficial da Konami, tudo isso enquanto os rumores sobre a saída de Kojima ainda estavam circulando. No fim das contas, o jogo foi cancelado mesmo mas Kojima, Del Toro e Reedus se reuniram novamente para Death Stranding, novo projeto que também envolve o ator Mads Mikkelsen, de quem Kojima é muito fã.
Scalebound
Uma das apostas desse ano, o RPG de ação Scalebound foi cancelado pela Microsoft após três anos de desenvolvimento. Projetado por Hideki Kamiya, diretor de Devil May Cry, Bayonetta e Okami, o jogo estava sendo desenvolvido pela PlatinumGames, que fez fama com seus jogos de ação - estamos olhando para você, Vanquish. Mesmo com todo esse ‘pedigree’ e com o lançamento marcado para 2017, o game foi cancelado.