© Alexis Boichard/Agence Zoom/Getty Images
Esqui Alpino
Mais que atleta: Lucas Braathen está levando a cultura urbana ao esqui
Brasileiro está transformando seu esporte ao unir alto desempenho, descontração e estilo. Muito estilo
Até hoje, no mundo do esqui alpino reinava uma tradição: trajes elegantes de lycra, pistas limpas e uma cultura de disciplina. Tudo muito certinho, todo mundo recatado. Até surgir Lucas Pinheiro Braathen. Aos 24 anos, o brasileiro foge dessa regra com sua vibração ousada e seu estilo únicos, que estão começando a mexer na cultura do esporte.
Saído ano passado de uma curta aposentadoria, Lucas quase conseguiu uma vitória sensacional em seu retorno. E na segunda etapa da Copa do Mundo, em Beaver Creek, EUA, ele levou a prata numa disputa de tirar o fôlego. O suíço Thomas Tumler ficou com o ouro por apenas 0s12.
Você acha que Lucas ficou chateado com o segundo lugar? Não parecia. O cara subiu no pódio fazendo a maior festa e deu até uma sambadinha, que já virou sua marca. Ele mostrou que apesar de estar determinado a ser o melhor do mundo, quer também curtir cada momento.
"O que é diferente agora é que posso mesclar minhas duas maiores plataformas ou playgrounds na vida, como posso mesclar meu eu criativo e meu eu atleta, e posso criar esses projetos onde posso mesclar os dois e, com sorte, criar algo que ainda não existiu", disse o atleta, que vestiu botas de cowboy de cano pra receber a medalha, algo completamente impensável para os puristas do esquia alpino.
O pódio de Lucas na etapa de Beaver Creek, EUA, foi o primeiro de um brasileiro na história. A cada conquista, a cada feito, ele atrai mais atenção. E com esse novo estilo, o brasileiro está se destacando para o que está além da pista. Ele investe em trajes marcantes, unindo moda e esqui, e aproximando o esporte da cultura urbana.
Antes um rosto improvável para marcas de luxo, agora Lucas estampa outdoors vestindo jaquetas Moncler, provando que o esqui alpino pode ter um pouco de urbanidade. Já apareceu também em revistas como a edição italiana da "Esquire" falando sobre sua paixão por roupas como uma forma de expressão.
Antes de sua estreia na Copa do Mundo representando o Brasil, Lucas se mudou pra Milão, o epicentro da moda e do design da Itália - e sede dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, em Milão-Cortina.
Para ele, Milão não é apenas um centro logístico de onde saem aviões para as principais estações de esqui do mundo. É onde o esqui encontra a moda, a criatividade encontra o esporte e onde ele se sente verdadeiramente em casa.
Adoro a Itália, adoro as montanhas, adoro a cidade. Adoro o lado criativo. Adoro tudo
Lucas quebrou o estereótipo do atleta hiperfocado que sacrifica todo o resto pelo desempenho. Fora das pistas, ele é DJ e designer. Com unhas pintadas, botas, trajes ousados e muito carisma, o brasileiro trafega numa boa entre as pistas de esqui alpino, as ruas e altas rodas de moda mostrando seu estilo de vida: acessível, inspirador e sem filtros.
Durante a viagem a Beaver Creek, ele mostrou aos fãs os bastidores de sua vida, compartilhando detalhes de onde ficou, de como foram seus dias e das pessoas que encontrou. Seu Instagram mostra não apenas suas proezas atléticas, mas também seu talento pra moda e uma atitude de "quem sabe faz o diabo" que repercute entre os fãs mais jovens. Lucas já começa a mudar o esporte.
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