Futebol
Jorge Campos: como goleiro, também um ótimo atacante
Diferentemente de Rogério Ceni e Chilavert, mexicano era especialista em fazer gols com a bola rolando
Altura nunca foi obstáculo para se fazer sucesso no futebol. Romário e Maradona, gênios da bola com menos de 1,70m, que o digam. No México, um cara com 1,65m conseguiu fazer história em duas posições em campo completamente dissonantes.
Jorge Campos não simplificava o trabalho dos seus técnicos. Desde os tempos da base, jogava no gol e no ataque com o mesmo afinco e talento. Em 1988, foi incorporado ao plantel principal do Pumas como goleiro, mas como o posto já estava ocupado, colocou-se à disposição para atuar como homem de frente. E não é que deu certo?
Escalado em alguns jogos como atacante, Campos fez nada menos que 14 gols naquele ano. Em 1989, ele assumiu de vez a titularidade no gol e ajudou o clube a vencer o Campeonato Mexicano. A partir deste momento o jogador iniciava sua saga nada comum como goleiro/atacante.
Jorge Campos jogou dois Mundiais pelo México com essa camisa extravagante
© Stephen Dunn / Getty Images
O esquema era simples. Campos começava o jogo de luvas e, dependendo da necessidade, trocava de camisa e passava a jogar avançado. Isso aconteceu em praticamente todos os clubes em que atuou; a exceção foi a seleção mexicana.
Campos era mesmo um sujeito fora da caixinha. Não satisfeito em defender e marcar gols, ele ainda inovava no vestuário. Nos Mundiais de 1994 e 1998, foi a campo trajando uma camisa que era uma miscelânea de cores, fazendo-se notar a quilômetros de distância. Esse visual durou mais ou menos até 2000, quando adotou uniformes mais comportados.
Oficialmente, Campos anotou 47 gols até 2004, quando se aposentou. E, ao contrário de Rogério Ceni e Chilavert, peritos nas cobranças de falta e pênalti, o mexicano fez seus golzinhos com a bola rolando, penetrando na área rival. É um mérito e tanto!
Confira alguns gols marcados por Jorge Campos: