VAR em ação em jogo da Copa do Brasil 2018
© Divulgação / CBF
Futebol
As mudanças de regra que revolucionaram o futebol
Com certeza você já agradeceu aos céus pela regra do impedimento existir
Escrito por Ricardo Gomes
4 min de leituraPublished on
Imagine uma partida de futebol que permitisse qualquer tipo de falta sem punição, ou que o atacante pudesse ficar o tempo todo na frente do goleiro só esperando uma sobra de bola para marcar o gol. Seria estranho, não?
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Pois o futebol só não é essa terra de ninguém porque tem gente regulamentando o jogo desde 1882, quando as primeiras traves foram colocadas na Inglaterra para delimitar o espaço da meta.
Desde então, as regras foram moldando a modalidade, deixando-a mais clara e justa. Hoje, são oficialmente 17 regras. A International Board, órgão subordinado à Fifa, aprovou para junho 12 novas interpretações para lances corriqueiros, como mão na bola, tiro de meta e posição do goleiro na hora do pênalti.
Relembramos a seguir algumas das inovações que mais mudaram a maneira de ver e de jogar futebol.

Impedimento

O impedimento é tão antigo quanto o futebol. Não se sabe ao certo o ano e nem como essa lei surgiu, mas a tese mais aceita é que ela entrou em ação quando os passes para frente foram legalizados. O jogo seguiria desde que pelo menos três adversários estivessem entre o recebedor da bola e o gol - hoje são dois, e o penúltimo pode estar na mesma linha do jogador de ataque.

Pênalti

Notts County e Stoke jogavam pela Copa da Inglaterra em 1891 quando um jogador do Notts evitou um ataque desviando a bola com a mão na linha do gol. A punição aplicada pelo árbitro foi um tiro indireto de dentro da área, só que com todo o time do Notts perfilado na frente do gol. Meses depois, a International Board determinou o tiro direto envolvendo somente batedor e goleiro.

Cartões amarelo e vermelho

Foram as luzes do semáforo que inspiraram o ex-árbitro inglês Ken Aston a criar um mecanismo de punição aos jogadores. Chefe de arbitragem no Mundial de 1970, no México ele implantou os cartões nas cores amarelo, como advertência, e vermelho, para expulsão. Quatro anos antes, Pelé havia sido caçado impiedosamente pelos jogadores de Portugal, o que ajudou a inspirar a adoção dos cartões.

Substituições

O Mundial de seleções geralmente serve de inspiração para aplicação de novas regras. Assim foi em 1958, na Suécia, quando a Fifa permitiu pela primeira vez a troca de jogadores, ainda que apenas em casos de lesão. Só em 1970 que o regulamento passou a permitir duas substituições, não mais importando o motivo. Hoje são três os atletas que podem ser trocados.

Recuo intencional para o goleiro

Essa tendência de goleiro usar mais os pés começou na verdade em 1993. Até então, era permitido aos goleiros agarrar com as mãos um recuo de bola deliberado. Mas com a mudança na regra eles passaram a usar somente pés e cabeça em caso de passe de um atleta do próprio time.

VAR (Árbitro Assistente de Vídeo)

Utilizado desde 2016, o VAR é um sistema de auxílio em tempo real para os árbitros. Ele ajuda na tomada de decisão em lances capitais, como marcação de pênalti, confirmação de gols e atribuição de cartões vermelhos. Já estabelecido em várias das grandes ligas europeias e usado no Mundial de 2018, o VAR estreia este ano no Campeonato Brasileiro.

Tecnologia da Linha de Gol

É uma espécie de embrião do VAR. Foi criada em 2012 com a intenção de flagrar se a bola ultrapassou ou não a linha de fundo entre as traves. Em caso de gol, um sensor implantando dentro da bola avisa o árbitro com uma chamada em seu relógio.

Três pontos por vitória

Os ingleses padronizaram os 3 pontos por vitória em 1985. No Brasil, o campeonato nacional teve experiência parecida antes disso, entre 75 e 77, quando se atribuía essa pontuação para vitórias por dois ou mais gols. Em 1994, a Fifa estabeleceu os 3 pontos no Mundial dos EUA, e então essa regra passou a valer para todos os campeonatos profissionais, desestimulando as equipes a segurar empates com frequência.
Para saber mais sobre o tema, acesse a nossa página de futebol.
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