Fórmula 1
Um papo sobre games com Max Verstappen
Vencedor mais jovem da história da F-1 conta um pouco sobre a relação dele com as corridas virtuais
Parte desta história
No videogame, Max é um garoto como qualquer outro
© Philip Platzer/Red Bull Content Pool
O que você fazia aos 18 anos? O Max Verstappen tem exatamente essa idade, é piloto da Red Bull Racing e tornou-se recentemente o mais jovem vencedor da história da Fórmula 1. Impressionante, né? Digamos que a vida dele virou do avesso.
Mas como qualquer um de nós, Max também é um fã de games nas horas vagas, especialmente os de corrida, lógico. Pouco antes do GP da Hungria, tiramos um tempo pra trocar uma ideia com ele sobre o assunto. Confira!
O que você procura quando escolhe um jogo? Se for um game de corrida, você prefere realidade ou algo meio arcade?
No momento, eu prefiro jogos mais realistas, então acho que o melhor pra isso é o F1 2016. O último game que eu joguei já tem um tempo, acho que foi o FIFA ou o Grand Theft Auto.
Você é um cara que prefere o Forza ou o Gran Turismo? Ou cabe um Project CARS nessa lista de favoritos?
Pra ser honesto, eu não jogo muito Gran Turismo e eu nunca joguei Forza, então eu não escolheria nenhum dos dois. Meu negócio é mais Project CARS mesmo.
A gente já te viu envolvido numa equipe de simuladores, a Team Redline. O que te levou a se juntar aos caras? Foi pra manter as habilidades em dia na pré-temporada?
Cara, é divertido ver onde estou quando comparado aos outros no mundo das corridas virtuais. É bem divertido mesmo. Eles são muito competitivos e a gente troca umas dicas de acerto, funciona bem.
Você consegue acelerar no controle ou precisa dessa parafernália toda, de volante, pedais, câmbio?
Ah, você é bem mais lento no controle. Se você quer ser competitivo, precisa ir para os simuladores mesmo.
Versão virtual do Max Verstappen no F1 2016
© Codemasters
Quais os outros jogos que você curte? Você joga esses mais famosos do momento, tipo Overwatch ou Pokémon GO?
Jogos sem ser de corrida… Eu diria que eu gosto de Call Of Duty e um pouco do FIFA.
Dá pra comparar a sensação de conseguir um pódio na F-1 com a de vencer no videogame, contra caras muito feras?
Ah, o mundo real pra mim está bem divertido, então um pódio na Fórmula 1 é sensacional, não tem comparação, não.
Como você avalia games como F1 2016 e Project CARS quando comparados aos simuladores das equipes de F-1?
Cara, eu acho que os dois jogos já estão bem avançados. As pistas são muito bem preparadas e realistas, mas em termos de ajustes do carro e análise de telemetria, não tem nada igual aos simuladores. Claro que as equipes de Fórmula 1 estão investindo pesado nisso, para deixá-los mais próximos do carro de verdade, e pra mim isso ajuda muito. A gente pode fazer a maior parte dos ajustes lá antes de ir pra pista.
O carro de verdade do jogador famoso
© Philip Platzer/Red Bull Content Pool
Você é tão bom nos games quanto na vida real ou lá a galera consegue te superar?
Olha, eu sou melhor no carro de verdade, mas não estou mal no mundo virtual, não.
Quais são as principais diferenças entre pilotar um F-1 na pista e no simulador?
Eu acho que a sensação de pilotagem é diferente. Principalmente porque você não tem a força G (força da gravidade), que torna os carros de verdade bem mais difíceis de controlar. Mas eu diria que é 90% a mesma coisa.
Você é do tipo competitivo, que não gosta de perder no game, ou deixa esse lado pra vida real?
Eu posso ser competitivo quando quero, especialmente quando estou correndo contra os caras do Team Redline. Você sempre quer se comparar e fazer o melhor trabalho possível, então você acaba sendo competitivo, sim.
Você joga contra outros pilotos de F-1?
Cara, eu nunca joguei contra eles. Só contra o Daniel Ricciardo. Nós fizemos um evento juntos em Mônaco uma vez. Foi divertido, mas com os outros eu ainda não joguei.
A realidade virtual é o futuro? Isso vai mudar os games de corrida?
Eu acho que sim! A realidade virtual vai ter um grande impacto. Mas eu arrisco dizer que nunca será igual ao mundo real, por mais que se aproxime.
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