Surfing
Está na altura. A época das ondas gigantes começa em Novembro. Conhecida como o "spot" mais emocionante para surfar, a Nazaré tornou-se um marco para surfistas e amantes da modalidade. Sabe porquê
Nazaré, uma vila portuguesa do distrito de Leiria, com cerca de 10 300 habitantes, ocupa um lugar de protagonismo no mundo do surf de ondas gigantes. E, com toda a razão. Dos penhascos imponentes que servem de anfiteatro para os espectadores a um desfiladeiro de águas profundas que faz com que ondas gigantes quebrem assustadoramente perto da costa, era inevitável que as imagens dos melhores dias da Nazaré cativassem tanto os surfistas como os olhares curiosos
Como tudo começou
It began as a pretty humble surf spot however. In the late 1960s, American surfers visited during the much calmer summer months and rode the waves that broke along Nazaré's main beach, Praia do Sul. In the ensuing decades, Sul and the town's other beach, Praia do Norte, became popular spots for bodyboarders. Outrora um surf spot bastante humilde, a hoje apelidada de meca do surf, escondia um potencial enorme. No final dos anos 1960, surfistas americanos visitaram a região durante os meses mais calmos do verão e surfaram as ondas que rebentavam ao longo da praia principal da Nazaré, a Praia do Sul. Nas décadas seguintes, esta e a outra praia da vila, Praia do Norte, tornaram-se locais populares para bodyboarders .
Uma reinvenção para o novo milénio
Nazaré's reinvention as big wave surfing's Mecca came fast, furious and only recently. Indeed, Nazaré is the world’s newest big wave. Back in the mid-2000s, Hawaiian big wave surfer Garrett McNamara was tipped off by one of Nazaré's local bodyboarders, Dino Casimiro, that just a stone throw's throw from the historic fishing village's Praia do Norte (North Beach) was a wave that, in winter, broke bigger than any wave this local had ever seen. A reinvenção da Nazaré como a Meca do surf de ondas gigantes surgiu de forma rápida, inesperada e apenas recentemente. Na verdade, a Nazaré é a mais nova onda gigante do mundo. Em meados dos anos 2000, o surfista havaiano de ondas gigantes, Garrett McNamara, foi avisado por um dos bodyboarders locais da Nazaré, Dino Casimiro, que a dois passos da histórica Praia do Norte da vila piscatória viu uma onda que, no inverno, quebrou mais alto do que qualquer onda que este local já tinha visto.
Eu nunca vi ondas maiores do que as que vi aqui
Uma primeira viagem histórica
Intrigued but a bit skeptical, McNamara made the trip to Portugal for some fact-checking. Standing on the cliff beside the 16th century-era Fort of São Miguel Arcanjo, at that time abandoned and shuttered, McNamara soon discovered that his local tipster was a straight shooter. Waves 50ft (15m) and higher raced in from the horizon with dizzying consistency. Intrigado, mas um pouco cético, McNamara viajou até Portugal para verificar se era verdade. De pé na falésia ao lado do Forte de São Miguel Arcanjo, do século XVI, então abandonado e fechado, McNamara logo descobriu que o seu informante local tinha sido mais que franco. Em momentos, ondas de 15 metros e até mais altas surgiram do horizonte com uma consistência estonteante.
"Eu vi algumas ondas gigantes em Mavericks e Jaws", disse McNamara. "Mas eu nunca vi ondas maiores do que as que vi aqui."
Um cenário como nenhum outro
Ao contrário de outros locais de ondas gigante no mundo - pense em Jaws, Mavericks, Shipstern Bluff e Mullaghmore - onde o fundo do oceano é rocha dura ou recife de coral, as ondas na Nazaré quebram sobre a areia. Os recifes criam um único ponto de quebra para as ondas, um local previsível para os surfistas se sentarem e decolarem.
Era um cenário traiçoeiro, mas McNamara estava convencido de que estava a olhar para aquele que seria o local onde se surfaria com sucesso a primeira onda de 30 metros.
“É tudo areia”, explica McNamara. "Tens um desfiladeiro profundo [offshore], uma plataforma e ondas cruzando ambos - quando tudo se junta, a magia acontece."
Alcançar um recorde mundial
No inverno seguinte, McNamara voltou. E, embora ele não tenha conseguido agarrar "um monstro" de 30 metros, ele levou a cabo um monstro alucinante de 24 metros que lhe rendeu um Recorde Mundial do Guinness. De repente, McNamara e a pequena e sonolenta vila da Nazaré tornaram-se mundialmente famosos.
Para homens e mulheres como Ross Clarke-Jones, Andrew Cotton e, mais tarde, Justine Dupont, Natxo González, Lucas 'Chumbo' Chianca e Kai Lenny, a Nazaré tornou-se uma paragem obrigatória na sua busca anual pelas maiores ondas do mundo.
"Há uma espécie de magia acerca da Nazaré," diz Dupont. "É estranho, quase assustador. Pode ser um paraíso – ou algo maléfico."
A era dos profissionais
Atualmente, a World Surf League realiza um evento anual de ondas gigantes na Nazaré. A vila capitalizou a fama da onda e recuperou o São Miguel Arcanjo. Foi construído também um centro de treino de alta performance para os surfistas de ondas gigantes. Os surfistas mais famosos da Nazaré, como Justine Dupont e Garrett McNamara, compraram casas lá, para estarem a postos para todas as ondas de inverno.
“É, sem dúvida, uma das maiores ondas da Terra”, diz Kai Lenny, que junto com Chumbo venceu o WSL Nazaré Tow Surfing Challenge 2020. “É um playground incrível e também um dos lugares mais assustadores do mundo”.
A caminhada anual para a Nazaré também não é mais apenas para surfistas de ondas gigantes. Fãs e espectadores de todo o mundo agora comparecem no penhasco durante cada grande swell para testemunhar homens e mulheres como Lenny e Dupont a surfar que parecem de outro mundo. E nos dias mais importantes, contam com os média internacionais a transmitir a ação em direto para milhões de telespectadores.
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