Esports

A história do Counter-Strike, o jogo que definiu o gamer raiz

Como surgiu e evoluiu o jogo que virou sinônimo do gênero FPS
Escrito por Joakim Henningson e Jack Ridsdale, com adaptação de Pedro Gucciardi
5 min de leituraPublished on
O game que foi uma febre das lan houses dos anos 2000, na realidade ele foi lançado em 1999 como um mod de Half-Life. Atualmente é um dos games de Esports que mais movimentam o mercado competitivo.
© Valve Corporation
Counter-Strike: Global Offensive não é só um jogo, é uma cultura própria. O jogo é rápido, preciso, emocionante e estratégico. Todos os rounds são importantes, desde as primeiras compras. Do seu começo humilde até virar fenômeno mundial, entenda como o a franquia CS alcançou o topo do mundo.

A história do Counter-Strike

Counter-Strike: Global Offensive

Counter-Strike: Global Offensive

© Valve

👉 CS:GO foi o primeiro jogo da Valve realmente feito para os esports
Em novembro de 1998, o jogo Half-Life foi lançado pra PC. Publicado pela Valve, o FPS colocou o jogador na pele do físico Gordon Freeman e a gameplay envolvente e a exploração fizeram do jogo um sucesso e o primeiro grande sucesso da publisher. Minh 'Gooseman' Le e Jess 'Cliffe' Cliffe eram grandes fãs de Half-Life e calhou dos dois serem desenvolvedores amadores e, inspirados pelas mecânicas inovadoras, a dupla desenvolveu o Counter-Strike, um mod que transformava Half-Life em uma experiênica multijogador.
Em 2000, o Counter-Strike já fazia tanto sucesso que Gooseman e Cliffe se uniram à Valve para lançar o CS 1.6, a primeira versão standalone do CS, que foi um sucesso instantâneo. Os gamers não conseguiam parar de plantar e desarmar bombas enquanto enfrentavam um time do outro lado por múltiplos rounds. Os jogadores se conectaram com a gameplay rápida e responsiva e em pouco tempo uma comunidade já se criou ao redor do jogo. Cada um podia criar seus próprios mapas e disponibilizá-los na rede própria do Counter-Strike para outros jogadores testarem.
Counter-Strike

Counter-Strike

© Valve

Quem tem pelo menos 30 anos lembra com carinho das madrugadas que juntava amigos pra passar a noite inteira nos corujões das LAN Houses para aquela jogatina raiz de CS 1.6, disputando o campeonato do fim de semana valendo a batata frita e o refrigerante. Grito na cara a cada jogada, zoação rolando solta e as cadeiras de plástico gamers no começo dos anos 2000.
Conforme as competições ficaram mais populares, o cenário de esports começou a se desenvolver. Grandes eventos como o Cyberathlete Professional League surgiram, dando a times como Ninjas in Pyjamas, uma chance de brilharem nos palcos mundiais. Com o interesse crescendo, em breve a a Valve lancaria seu próprio projeto competitivo pro Counter-Strike.
👉 Jogadores viraram estrelas mundiais, com legiões de fãs
Counter-Strike

Counter-Strike

© Valve

Counter-Strike Source, em compensação, foi considerado por muita gente como um erro. O jogo não tinha as mesmas qualidades técnicas que seus antecessores e foi um dos primeiros momentos que os gamers começaram a entender que gráficos melhores não significam jogos melhores.
A comunidade se dividiu entre quem achava que o CS Source era melhor e quem achava que o 1.6 era melhor. Enquanto esse debate acontecia, os esports começaram a tomar novas proporções, com o Intel Extreme Masters em 2007 representando o topo da competição mundial do Counter-Strike — até hoje, o IEM é um dos principais campeonatos do jogo.
Red Bull Flick 2022

Red Bull Flick 2022

© Red Bull Flick 2022

Mecânicas que fizeram o CS: GO histórico

Em 2010, era claro que alguma novidade precisava acontecer pra manter o Counter-Strike emocionante. Como resposta, a Valve deu início ao desenvolvimento do Counter-Srike: Global Offensive. Dois anos depois, o jogo estava praticamente pronto para ser lançado, e toda a comunidade encarava esse lançamento como o momento crucial para o CS. Se o jogo atendesse às expectativas, ele seria o melhor do mundo, mas se fosse ruim, seria o fim da franquia.
Apesar de uma recepção pouco calorosa do público, a Valve dobrou as apostas com o CS:GO e entregou atualizações pro jogo que fizeram ele melhorar mais do que o esperado. Novas mecânicas como visão noturna foram adicionadas e o movimento foi ajustado para ser mais responsivo. Foram adicionadas novas armas, que permitiam mais variedade tática, e o loop de gameplay era tão satisfatório quanto o CS 1.6, e as adições só melhoraram a experiência. Não demorou muito para a maioria da comunidade migrar pro CS:GO.

O legado do Counter-Strike: Global Offensive

Gabriel 'Fallen' Toledo

Gabriel 'Fallen' Toledo

© Sebastian Ekman/Dreamhack

Em 2023, uma nova era do Counter-Strike começou. Depois de mais de 12 anos, a Valve lançou o sucessor do CS:GO, o Counter-Strike 2. O novo jogo da franquia melhorou os gráficos já desatualizados, deixando o FPS mais em linha com os grandes jogos do mercado enquanto, ao mesmo tempo, atualizou a física entre os objetos do jogo, entregando ao jogador uma experiência bem mais realista.
O Counter-Strike é um dos maiores jogos de esports do mundo. Seus campeonatos trazem milhões de espectadores de todos os lugares possíveis, com premiações que chegam nos milhões de dólares para o time vencedor. CS é uma paixão nacional, não à toa que figuras que moldaram suas carreiras no jogo, como Fallen e Gaules, são hoje heróis no Brasil.
Por mais que os gráficos e a jogabilidade do CS2 sejam excelentes, o jogos antigos do Counter-Strike deixaram aquela saudade. Seja você um raiz da época das LAN Houses que passava as madrugadas no CS 1.6 ou um try hard que começou no CS:GO, os jogos antigos sempre estarão em nossas memórias como uma época de diversão com nossos amigos.
Baixe agora o app da Red Bull TV e veja filmes e séries: é só clicar e assistir!